segunda-feira, 5 de março de 2007

Silêncio

Quem eu quero ser... está tão longe aqui deste teclado..se esconde por aí pelas montanhas, pelos vales acompanhando nobres companhias e troca muito de si mesma porque todos ao redor estão prontos para compartir, deixaram de ser vampiros já há algum tempo. Aquela que circula as estradas e observa o vôo de tucanos que cortam a vista e dão direção ao pensamento está dentro, e também tão fora de mim. Corro para tê-la por perto, e nado contra as correntes, a presença dela é preciosa. Pelas ruas e cafés, a impressão de já ter tido as mesmas conversas como no dia da Marmota, tudo se repete, indefinidamente. Brusca profundidade dessa cômica repetição! E eu ás vezes não dou conta, palhaça do destino? Já vi tudo parecer um calmo romance de início de séc... sem pressa, sem hora para acabar... daqueles de fazer dormir. Ao pé que anda a situação se arrasta. Imaginada, toda ela e todas outras tantas bem antes da minha.. porto alegre e eu temos uma relação genérica que anda, anda e está sempre nela mesma. E vem lua e vai lua, maré alta, maré baixa... Aqui dentro o coração palpita e a vontade de compartir esse gelo que é esse silêncio que sinto... Irracional é o sentimento e justo esse, um alerta de se estar brincando na corda bamba esse silêncio é fruto de uma semente que não plantei, veio da mão de algum antepassado e assim vem lua, vai lua... Destino vem contra a minha vontade, bruta flor do querer quer escapar. A droga do comforto me domestica... Não quero! Na minha viajem preciso é encontrar a própria fórmula da existência, cultivar paciência e caminhar. Caminho me leva por meio a rios, córregos e chachoeiras, se faz ao andar e vai sempre dar em (a)mar. O resto é...