quarta-feira, 7 de março de 2007

...Quase, ou o namoro furioso que não vingou.

Já fiz as pazes de brigas que nunca tivemos, te libertei do choro e do peso do medo das consequências de sincronias que nunca vivemos, esqueci os caminhos que não percorremos, troquei por outros muitos, de diferentes falas, intensidades, os beijos que me faltavam e incendiei de desejo em outros quadris que me trouxeram à vida de dentro, fazendo a terra fora tremer.. alargamento do espaço interno se adequando à grandeza da vida que pode ir de súbito morar ali.

Pairando no ar, como suspiro reverberado por milhas, habita por mim neste mundo uma sensação leve de perna bamba como o dançar de e-moções. Tomei a injeção, a fortes grandes pontadas estocadas, consagrou-se teu bendito esquecimento! Nossa estória da carochinha não passou de chuva de verão, trova sem fundamento de base rasa ou quem sabe foi bem o estopim dessa maravilhosa germinação?

Assim da pélvis para o centro do Universo, circula a satisfação, esse riso de certeza da incertitude e pura cristalina cócega coceira, existência do próprio âmago que recebe e envia e recebe de novo suas próprias emanações, confirmação da dor ou delícia de ser o que se é certeza da existência, canal de ressonância, massa óssea, visceral e muscular.

Como molécula pronta próprio corpo, quadris caldeirão que digere meus sentimentos, peito, cabelos, olhos abertos, boca pronta para sentir molhar colada na janela para outra dimensão ser instinto sinto. Germino esse despertar com um toque de calor objetivo, assim como fogo que brilha e queima e domina, o impulso passa por cima, perfura e faz de gozo doer.

E tem um acréscimo à isso tudo, o amor presente que é o do negro mais colorido, traz em si verdade, visão pela terra, argumentos, diplomacia e coragem, me sequestra para dentro de sua "viajem" e liga a região do meu sexo até a do pensamento, abrindo o caminho do conhecimento. Nutro minha raiz de Harmonia, Presença aqui e agora que cresce virgem e plena!