domingo, 13 de maio de 2007

Carta à amiga no México. (San Cristóbal de las Magias, Chiapas, México)

voltão essa tua andada.. Moon Womb Lodge, sugestivo lugar.
Puxa às vezes penso nesses irmãos que estão cristalizando seus ideais por aí afora.. Que tempo de semear irmã! Bem olho para o passado por vezes para entender e articular com o presente. Às vezes me encontro gravetinho boiando no rio para encontrar o mar. Outras me seguro nos emaranhados na beirinha do córrego e de rebeldia fico tentando desfazer os nós de mim mesma. Aí Bi o tempo vai espiralando em torno de nóis no todo e as repetições dançam animadas, dando sinais de sabedoria pero às vezes de burrice prolongada, e à isto atribuo o nome de maturidade vivida no planeta. Outro dia sentia que ia morrer... E escrevia coisas ou lia nos poemas escritos pelos muros, sinais da trancendência... Fui no dentista e precisei arrancar 2 cisos. Morri. Entendi o pôrque dos sinais. Renasci em meio à dor e fazem 3 dias que me refaço do trauma, com bochechos de malva e chá de sementes de habu. E me recordo como se estivesse lá, em fractais d dna, com Buda em cima da montanha olhando bem as piras onde corpos transcendiam pelo calor dourado das chamas, para o ar, de volta às estrelas, de volta ao pó, ao silêncio. Lição da Impemanência. Ai, a cura. O silêncio, não poder abrir a boca para falar e a cura. Cada dia a vida volta, com seus sóis e luas e nuvens animadas e encontros inesperados e tédio que urge por ser transformado em melodia.... A transcendência se dá na cidade também. Em forma de morte física? Às vezes. Em menos de 2 luas testemunhei 3 ocasiões de tiroteio. Amiga, 3! Em meio ao caos, também encontros e desencontros maravilhosos. Como é plural essa existência, com suas várias mãos nos abrindo diversos caminhos. Na mesma noite de um tiroteio, estava com amigo que havia acabado de conhecer. Carmicamente de muito tempo em verdade. Tinha anotado uns poemas que diziam ser escrito por alguém com um nome tibetano, de fato até procurei no google e pensava se tratar de um monge que estava refugiado ou preso em alguma masmorra, lançando para o ar mágica e glória com suas palavras...
em meu caderninho de viajem anotei 2 desses poemas.
Depois de nos recompormos da cena de mocinho e bandido, sentamos num ponto e abri meu caderninho, iniciei a leitura pronta a nos trasportar para outro país, quando parei. Antonio me dizia, péra aí.... pera aí o quê? - eu disse. Disse ele que havia escrito aquilo. Nem acreditamos. Acreditas? Eu procurando no Tibet e Antonio ali do meu ladinho, nós dois recém amigos, fugitivos de um tiroteio na Cidade Baixa, que é assim meio Cidade de Deus, em fato com seus excessos, faz bem é profanar, bem não faz nada, quem faz são as pessoas, pagam para distrair-se, já nem se dão conta quem ou o que são... desempenham bem seu papel. Uma hora a torre tem que cair, melhor mesmo que tudo seja como é, tem seu princípio único, indivisível e a tarefa para nós da contra cultura, abrir o peito e caaaavaaaaar o Amor, existe sim.... senão como se explicariam milagres como estes, dos encontros, dos momentos que tudo corre por fio de prata divino e sereno, conduz a existência a patamares, sim evoluímos, com a bençao de todos os elementais, todos os espíritos os mortos e os vivos, somos curadores, curamos com luz, luz do nosso amor, toda a acompaixão virou ação de amor, luz para curar, evoco das estrelas, vem da natureza, de todo o universo, de todos os animais, os elementais, cura a mãe terra, espalhando a sua luz... Viva o Mira e a música do ENCA! Parece que está tudo ao contrário ou quem sabe somos nós que estamos na contramão, resistindo na sutileza para lançar as bases da evolução.. porque Tudo não faz um único esforço para ser como é, simplesmente existe e emana existência contida e espalhada em si. Minha querida com experiência que caos e milagres podem sim coexistir, rogo cada vez mais que sejamos testemunhas vivas desse nosso tempo, vivendo atentamente na corrente do fluxo, recebendo e também abrindo mão e deixando passar, tudo o que não passa de um milagre e que sempre passará.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Jam Domingo.


Indo

É pois é. Vou.
Mas aqui ando trabalhando, gente!!! Desde um mês atrás aproximadamente, tive uns contatos decisivos com aquela pinta que está lá na Holanda e nós conhecemos bem de ouvir falar por letrinhas, e também de suspiros, e é um tal de andarilho búlgaro que está cada vez mais adquirindo costumes indianos... Sei bem que desconheço quem ou o que ele parece vibrar com seu serzinho hoje em dia... foi em 2005 a última vez que nos vimos fisicamente, mas bem está resolvido. E aqueles sinais de "estás partindo Clarissa" escritos pelos muros, pelas músicas, pelas caras, pelas janelas e por todos os 450,000 aviões que tenho visto alçando vôo a cada vez que minha cabecinha de mamão se levanta para olhar para o céu insistentemente me acompanham... sabia que alguma viajem por junho ou julho ia pintar. Ontem senti por breves longas horas que tinha de novo 19 anos, depois 52, ah me confundiu ter tantas idades numa só... Acho que o coração é generoso e a memória emocional abriga tamanhas amplidões de vida que minhas vãs filosofias desconhecem, então por breves instantes de vida me dou ao luxo de ter várias idades numa só. Parece que tilintando está toda a presença dos que já foram e dos que ainda estão por vir, também vibra a saudade dos que ainda estão aqui... passado e presente se encontram na mais linda pororoca pessoal, vivência localizada no espaço tempo, bem aqui nas 3 luas, abril, maio, junho.. E se curam as emoções mal resolvidas nesses tempinhos... a flecha é certeira, o objetivo brilha o seu propósito e desde uma lua atrás, o auxílio financeiro vêm quase que celestialmente, começo de ABRIU, escancarou-se oportunidades de trabalho geradoras de abundância para dar uma somada naquelas economias, assim vou contar com uma soma que surpreendentemente trespassa de longe toda a quantia que eu já vi brilhar no somatório de renda que tive ao longo de 3 anos, desde minha volta ao lar. Aproveitando a ocasião me preparo para 3 meses em dutchland, inicialmente Amsterdam.

A parte que fica, fica tão cheia de amores e curada de conflitos, e sentindo-se útil e cheia de responsabilidades em solo brasileiro, esperando aquele instantinho fecundo para ativamente se manifestar em alguma frente de trabalho, seja na educação, seja na enfermagem, ainda ela nem sabe direito em que frente vai entrar, mas carrega forte a certeza do contato com a terra e nisso confia seu coração e também reza pela coragem e clareza na visão porque sabe que há trabalho a ser realizado, aqui, na terra que nos pariu, nos nutriu a vida inteira. Como um canto lindo ser brasileira, canto que nos une às amplidões de nosso território e que também é entoado nas partes mais distantes do globo, por aqueles de nós que se desgarram um pouquinho só. É bem nesse fio que fica meu coração, embalada nesse canto. Com firmeza no amor o tempo é indefinido, segundos profundos em clareza total e ampla, percepção alargada aos kilos de horizontes.